sábado, 17 de outubro de 2015

A Cura do Complexo de Inferioridade

O complexo de inferioridade é algo que faz muitas pessoas sofrerem. É aquele sentimento de que você não é amado (a) por ninguém, que não é importante, que você nunca será valorizado por ninguém por causa do que você é ou que ainda nunca alcançará os perfis da moda ou da beleza que outros "tem" (modelos, capas de revista, artistas..). 

Os sentimentos de inferioridade muitas vezes nascem de uma rejeição ou de um abandono. A pessoa acredita que se foi abandonada ou rejeitada, é por culpa sua e não por uma escolha do outro, não importam os motivos. Ainda pode haver aquela pessoa que se compara demais às outras, especialmente perfis elevados e até mesmo impossíveis de beleza, criando um perfil de que elas são mais bonitas, tem mais sorte, e que nunca poderá ser "alguém na vida".

Este complexo é fruto de uma construção interior. A pessoa se torna tão obcecada em se criticar e se rebaixar que acaba fazendo disso, dia após dia, a "sua verdade", muitas vezes em um grau tão elevado que a leva a baixa auto estima (não se amar, não se aceitar e desejar a própria morte) e a depressão. Ainda pode surgir um sentimento de inferioridade em pessoas que sofreram muito na vida, essa pode desenvolver também o sentimento de que "nasceu para sofrer" e que nem "mesmo Deus tem compaixão dela". 

Em todos os casos, existe uma ferida e uma angústia muito grande que precisa ser trabalhada. Para isso é preciso ter a coragem de olhar para si com sinceridade e ver que a própria verdade pode ser muito bem uma mentira criada ao longo das decepções consigo e com os outros.

A pessoa que foi rejeitada ou abandonada e se sente culpada por isso, deve olhar bem para sua história, com sinceridade e amor próprio. Se alguém lhe deixou ou rejeitou, talvez não te ame e se sentir culpado por isso é bobagem, nem todo mundo vai gostar de você, assim como você não vai gostar de todo mundo. A gente se identifica com uns e com outros não, é natural. Agora se ela não gostou, veja que há quem goste, e que você é amado (a) por alguém. Certamente só não percebeu ainda, pois está obcecado (a) por quem não te amou. Mas se alguém foi embora por algo que você fez, é preciso assumir o erro, se perdoar e recomeçar, talvez foi demais para a pessoa ou talvez você foi longe demais. Na sinceridade viva de uma forma diferente, evitando os mesmos erros e construindo novos relacionamentos, isso é maturidade.

Para as pessoas que se depreciam demais por causa de aparência ou padrões de beleza, quero convidar para um reflexão: A aparência a princípio atrai é verdade, mas conforme surge a convivência você passa a achar a pessoa mais bela ou até mesmo começa a querer fugir dela, conforme for seu comportamento e respeito com você. De forma que a gente fica mesmo ao lado é de quem nos faz bem pelo que é e não pela sua aparência. Pense no seu melhor amigo, o que faz ele ser especial? A aparência? Não. É o companheirismo, a cumplicidade, o afeto mutuo. 

Cuidar de você é sempre bom! Fazer exercícios, cuidar do cabelo, fazer as unhas. Mas sem neura.. Você será considerado (a) especial não por sua aparência, mas pela beleza que flui nas suas palavras, no seu carinho, na sua presença. O que as revistas e programas de beleza apresentam são imagens surreais, fotos trabalhadas em photoshop, imagens que não apresentam a realidade. Não é assim que precisa ser, mais que ser perfeita (o) em sua aparência, você precisa ser no que é, revelar a sua autenticidade, seu jeito de ser, sua alegria única e se assim alguém gostar de você, parabéns, você encontrou o amor que vale a pena. Encontre o equilíbrio entre essas duas coisas e será feliz.

Por fim ainda é preciso falar daqueles que foram depreciados pelos outros por meio de apelidos maldosos, palavras de maldição dos pais e parentes (você não foi desejado, você não deveria ter nascido, você é gordo, feio, carece e por aí vai..). A esses é preciso um cuidado especial por meio da oração de cura interior. De viver um processo em Deus, de se sentir aceito e se aceitar, de ver que foi por Ele desejado (a) e gerado por amor. Esse processo é lento e exige o perdão e a aceitação de si como filho amado de Deus. Você precisará renunciar a tudo que falaram sobre você que te deixou para baixo, assim viverá o processo de se aceitar.

A oração é importante demais nesse processo, mas em alguns casos, um profissional como o psicólogo ajuda muito, desde que ele não te afaste de sua fé, que seja Cristão.

Para terminar te digo, você pode ser feliz! Basta você aceitar o que você é e se amar, cuidar de si, sonhar, ter fé e construir algo novo. Não queira coisas que não lhe cabem como perfis que não tem nada haver com você, não viva o que os outros acham que é melhor para você, deixe Deus te conduzir para a liberdade de ser quem você deseja ser e enfim, nunca deixe de agradecer pelo dom da vida e as pessoas que Deus lhe deu, assim você aprenderá a se amar e será feliz. Amém?

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